22 nov 2024
Pleonasmo e outros vícios de linguagem…
Quem nunca cometeu um deslize ao subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro ou sair pra fora? Tais expressões, às vezes, soam tão naturais que nem se percebem os equívocos nelas incutidos.
Os casos mencionados são bons exemplos de pleonasmo, figura de linguagem cujo uso, se não for apropriado, ou seja, intencional, depõe contra o discurso do falante. Em outras palavras, pleonasmo é um vício de linguagem que apresenta repetição semântica sem qualquer função e, portanto, desnecessária.
Há outros casos de vícios de linguagem aos quais é válido estar atento a fim de se evitar empecilhos na comunicação:
– Cacofonia: junção de dois ou mais vocábulos cuja representação sonora pode ser similar à alguma expressão de cunho chulo e / ou desagradável: Vou-me já (mijar) / A boca dela (cadela) / Desculpa, então! (esse não precisa ser mencionado =P)
– Ambiguidade: O resultado de mais de uma interpretação de determinado enunciado: Eu gosto de laranja. (Da cor ou da fruta?) / Festa para toda a cidade. (A festa parou a cidade ou homenageou-a?)
– Solecismo: Erros de concordância de diversos tipos: Me dá isso agora! (Dá-me…) / 1% da população aprovaram a nova medida do governo. (aprovou) / Ela namora com João. (Ela namora João).
– Eco: rima formada pelos finais das palavras de maneira não-intencional: Eva leva a erva da selva com cheiro de relva. / No momento, o vento em movimento gera desentendimento.